Este espaço tem como objetivo ampliar o seu contato com a disciplina Ciências. Aqui você encontrará materiais e indicações de leitura. Você pode sugerir e opinar o quanto quiser. Afinal esse espaço foi criado pensando em você!
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Vídeo O Mundo de Beakman - Crustáceos
Vídeo O Mundo de Beakman - Suor
Vídeo O Mundo de Beakman - Rins
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Existe mesmo areia movediça?
Existe mesmo areia movediça? - Mundo Estranho
http://experienciascientificasbarao.blogspot.com/2011/09/areia-movedica.htm
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Vídeo Globo Ecologia sobre a camada de ozônio
Vídeo O mundo de Beakman - Cicatrização
Exercícios para fixação do conteúdo Sistema Circulatório
Façam o download do arquivo através do link abaixo:
exercícios sistema circulatório
Qualquer problema avisem. Após uma semana colocarei o gabarito.
Prof. Danielle
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Reportagem do Jornal Folha de São Paulo
Reportagem do Jornal Folha de São Paulo
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Vídeo sobre a origem e características da Atmosfera
domingo, 25 de setembro de 2011
O Mundo de Beakman - Clorofila (1992)
O Mundo de Beakman fabricação de papel
O Mundo de Beakman meteorologia 1993
sábado, 24 de setembro de 2011
Cientistas apresentam argumentos para provável função do bocejo
Mais um capítulo da novela: O que ou quem matou os dinossauros?
Nasa prova que fim de dinossauros não foi culpa do Baptistina
Mais um material divulgado pela Nasa - Vídeos
Vídeos mostram aurora austral e 'volta ao mundo' em 1 minuto
Homenagem ao dia da árvore - Aproveite e conheça algumas curiosidades
Matéria do Jornal Folha de São Paulo sobre um episódio da evolução humana
Tenha a famosa frase "Houston, we have a problem" no seu celular - liberado pela Nasa
Ciência e informação também podem ser diversão. Imagine seu celular tocar e ao invés do som chato de sempre você escutar "Houston, we have a problem". Veja a reportagem publicado no Jornal Folha de São Paulo e aproveite também para explorar o especial sobre as expedições à Lua.
Especial: Viagens à Lua
Nasa libera sons de missões espaciais para celular e PC
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Exposições mais que interessantes: OBRIGATÓRIAS
Independente do ano de escolaridade as duas exposições, links abaixo, são obrigatórias para compreender melhor a dinâmica de nosso planeta. E o melhor de tudo: elas são gratuitas.
Sensações do Passado Geológico da Terra
Reportagem do Jornal Folha de São Paulo
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Todos os bichos têm sangue vermelho? - Mundo Estranho
Todos os bichos têm sangue vermelho? - Mundo Estranho
Todos os bichos têm sangue vermelho?
Como é feito o sangue? - Mundo Estranho
Como é feito o sangue? - Mundo Estranho
Como é feito o sangue?
por Yuri Vasconcelos
Por que os corpos celestes pegam fogo quando entram na atmosfera? - Mundo Estranho
Por que os corpos celestes pegam fogo quando entram na atmosfera? - Mundo Estranho
Como a atmosfera da Terra se formou? - Mundo Estranho
Como a atmosfera da Terra se formou? - Mundo Estranho
Como a atmosfera da Terra se formou?
por Alexandre Versignassi
Quantas camadas tem a atmosfera e quais as diferenças entre elas? - Mundo Estranho
Quantas camadas tem a atmosfera e quais as diferenças entre elas? - Mundo Estranho
Quantas camadas tem a atmosfera e quais as diferenças entre elas?
ATIVIDADE: Pintura de cristal
Revista CHC | Edição 201
Pintura de cristal
Vivemos em um país tropical. Por isso, neve aqui é uma coisa rara. Mas você já deve ter visto em filmes ou desenhos os bonitos cristais de gelo que se formam no inverno dos países mais frios. Que tal fazê-los em casa? Você ainda pode transformá-los em arte!
Você vai precisar de: água, papel branco, aquarela e pincéis, plástico transparente de recobrir alimentos, tabuleiro e congelador.
1. Coloque uma folha de papel no tPintura de cristalabuleiro.
2. Corte um pedaço de plástico mais ou menos do tamanho do papel.
3. Pincele água sobre o papel até que ele fique bastante úmido.
4. Pinte o papel úmido com aquarela da maneira que você quiser, para que ele fique bem bonito! Deixe a tinta ficar bem aguada.
5. Assim que terminar a pintura, cubra o papel com o plástico. Faça isso bem rapidinho para que a pintura não seque.
6. Coloque imediatamente o tabuleiro no congelador e deixe-o lá durante toda a noite.
7. No dia seguinte, retire o plástico e veja os cristais de gelo recobrindo a sua arte!
Antes que a sua obra de arte derreta, saiba que esses cristais se formam porque as moléculas de água da tinta da sua pintura se juntam em um padrão regular quando congelam, como acontece com a água que vira gelo quando cai das nuvens – a neve!
Aprenda a fazer hemácias e outras células do sangue
Aprenda a fazer hemácias e outras células do sangue
Você vai precisar de:
Para a massa
- 2 copos de farinha de trigo (225 gramas);
- 1 copo de sal (100 gramas);
- 3/4 de uma xícara de água morna (150 mililitros);
- uma colher e meia de sopa de óleo de cozinha.
Outros materiais
- Palitos de dente, fósforos ou um garfo;
- tinta guache vermelha;
- uma assadeira;
- óleo de cozinha e farinha de trigo para untar.
Preparo da massa
Misture todos os ingredientes necessários para fazer a massa em uma vasilha até atingir o ponto de biscoito ou até a massa desgrudar da mão. Então, dê o formato adequado a cada célula, conforme explicado a seguir.Para as hemácias – as células do sangue que transportam o oxigênio –, use a massa para fazer bolinhas. Depois, faça uma pequena pressão com o dedo, no centro de cada uma, para deixá-las achatadas.
Já no caso dos linfócitos, basófilos e eosinófilos – células do sangue relacionadas com a defesa do organismo –, faça uma bola e, depois, uma pequena escultura, que deve ser colocada em cima de cada célula, deixando-a tal como mostra a foto abaixo. Para aumentar a semelhança com as células de verdade, fure a massa que forma a parte de cima das células com palitos de dente, de fósforo ou com o garfo.
Células modeladas, é hora de ir ao forno. Coloque as réplicas em uma assadeira untada com óleo e farinha de trigo. Peça ajuda a um adulto para levá-las ao forno pré-aquecido, em uma temperatura de 180 a 200 graus. Deixe a massa ali até começar a dourar.
Pronto! Agora é só esperar as suas réplicas esfriarem para pintá-las com tinta guache. Use a cor vermelha, pois as células têm essa coloração no sangue. Para as hemácias, porém, capriche no tom. Já para os linfócitos, basófilos e eosinófilos, use um tom mais claro, diluindo a tinta com água.
Cathia AbreuInstituto Ciência Hoje/RJ.
Aprenda a fazer hemácias e outras células do sangue
Experiência: o ar existe?
Experiência: o ar existe?
O vento é o ar em movimento. Apesar de não o vermos, podemos sentir seu efeito, como quando sentimos a brisa em nosso rosto. Podemos usá-lo, por exemplo, nos moinhos de vento ou nos barcos a vela. Muito forte, o vento pode causar sérios prejuízos, como no caso da ventania ou do vendaval, arrancando árvores, derrubando casas etc.
Muita gente acha que o ar não pesa. Mas não é verdade. Pesa e muito. Só para você ter uma idéia, o ar dentro de uma sala de tamanho médio pesa quase o mesmo que um homem, o que é muito! Mais impressionante ainda: o ar da atmosfera que está em cima da gente pesa 17 toneladas, ou seja, o peso de cerca de 225 homens juntos!
Agora você deve estar pensando: "Socorro! Estamos sendo esmagados! Vamos morrer comprimidos pelo ar! Vamos fugir!" Mas fugir para onde? O ar está em todo canto... E, depois, o ar também está ao nosso lado e dentro da gente. Com isso, a força que nos comprime é compensada pela força do ar perto e dentro da gente. No final das contas, uma força anula a outra e ninguém sai esmagado.
Quando alguém perguntar se há um copo vazio, responda que não, porque todos estão cheios de ar. Essa é uma brincadeira meio sem graça, mas verdadeira. O ar existe por toda parte, mas não tem cor, não tem cheiro, não tem gosto e não podemos pegá-lo. Então, como provar que ele existe? A resposta você confere nos dois experimentos a seguir!
Originalmente publicado em Ciência Hoje das Crianças 45
Marcomede Rangel, Observatório Nacional
(baseado no livro Ciência ao seu alcance,
do próprio autor, publicado pela Ebal.)
Experiência: o ar existe?
A atmosfera em outros planetas
Sumiço no céu
Meninos e meninas, vocês não sabem o que aconteceu! Outro dia, eu estava olhando para o céu com meu telescópio quando notei algo muito estranho: Júpiter estava com uma aparência diferente! Talvez vocês não saibam, mas esse planeta apresenta duas faixas marrons, que são formadas por nuvens. Só que uma delas não estava lá! Apertei os olhos para ver melhor, mas era isso mesmo: uma faixa havia desaparecido!
Não fui o único a perceber a mudança. Um fotógrafo e observador de Júpiter lá da Austrália também notou a transformação e tirou as fotos que você vê aqui. Ele já havia observado que uma das faixas estava ficando menos visível, mas nunca pensou que ela fosse sumir! A dúvida ficou na minha cabeça: como é possível que um cinturão de nuvens duas vezes mais largo do que a Terra e grande o suficiente para dar vinte voltas ao redor do nosso planeta tenha desaparecido assim?!
Mistérios de Júpiter
Conversei com uma astrônoma e ela me contou que Júpiter é mesmo um planeta misterioso. Os cientistas ainda não têm como explicar por que a faixa desapareceu, mas sabem que não é a primeira vez que isso acontece!A faixa sul do planeta some em intervalos regulares. Já havia desaparecido em 2007 e também em 1993, 1989 e 1973. “Ninguém sabe a causa desse evento, mas a gente tem ideias do que pode ter acontecido”, conta Daniela Lázaro, astrônoma do Observatório Nacional. Segundo ela, é provável que a faixa escura, formada por nuvens de enxofre, ainda esteja lá, mas coberta por nuvens mais altas e claras de amônia.
“A atmosfera de Júpiter é muito variável e o que deve ter acontecido é um aumento das nuvens claras por cima da faixa de nuvens escuras”, explica ela. O mais curioso é que, a qualquer momento, o cinturão de nuvens de enxofre pode reaparecer! Se você tiver acesso a um telescópio, ou mesmo a um binóculo potente, pode ser o primeiro a ver essa mudança. Então, que tal ficar de olho no céu?!
CHC: Sumiço no céu
OZÔNIO: Mocinho ou vilão?
Mocinho ou vilão?
Átomos do elemento químico oxigênio (O) podem se unir em diferentes proporções para formar dois gases: oxigênio (O2), constituído pela união de dois átomos de oxigênio; e ozônio (O3), cuja molécula é formada por ligações entre três átomos deste elemento.
O O2 praticamente não existia na atmosfera primitiva do nosso planeta. Ele começou a se acumular pela ação dos organismos que fazem fotossíntese. Durante o processo, eles quebram moléculas de água (H2O) e geram H+ e O2.
O O2 atmosférico pode ser convertido em ozônio (O3) por dois processos naturais. Na estratosfera (uma região da atmosfera localizada entre 12 e 50 quilômetros de altura), os raios ultravioletas provenientes do Sol quebram moléculas de O2 e geram átomos livres de oxigênio, que se combinam com moléculas de O2 intactas para formar o ozônio (O3).
É na estratosfera que está localizada a “camada de ozônio”, responsável pela absorção de quase 99% dos raios ultravioletas prejudiciais à vida na Terra. Sem esta camada de proteção, grande parte dos seres vivos existentes em nosso planeta seria afetada pela radiação ultravioleta e, como consequência, morreria. A camada de ozônio pode ser destruída por poluentes produzidos pelos seres humanos, como os clorofluorcarbonetos (usados nos sistemas de refrigeração de geladeiras, congeladores e câmaras frigoríficas) e o óxido nítrico (liberado pelas turbinas dos aviões), que convertem o ozônio em O2.
Já na troposfera (a camada da atmosfera localizada entre a superfície da Terra e a altitude de 12 quilômetros), o ozônio pode ser produzido pela ação de descargas elétricas que ocorrem durante tempestades. Uma tempestade de intensidade média pode formar aproximadamente 209 toneladas de ozônio.
Próximo aos grandes centros urbanos, o ozônio é formado também por reações químicas entre poluentes emitidos pela queima de combustíveis fósseis por automóveis e indústrias. Esta reação ocorre mais rapidamente nas estações do ano em que há maior incidência de luz solar e altas temperaturas.
O ozônio é tóxico, mesmo em baixas concentrações. Quando formado na troposfera, ou seja, próximo ao homem e outros animais, ele pode afetar as mucosas do nariz, garganta e pulmões, causando problemas respiratórios. As plantas, por sua vez, se tornam menos resistentes a doenças e ao ataque de insetos, e suas folhas podem ser danificadas.
Resumindo: o ozônio, na estratosfera, bloqueia os raios UV prejudiciais à vida. Porém, na troposfera, é tóxico para os seres vivos. Então me diga: se fôssemos fazer um filme, você acha que ele seria o mocinho ou o vilão?
CHC: Mocinho ou vilão?
Por que a Terra é o único planeta conhecido no qual existe vida?
Por que a Terra é o único planeta conhecido no qual existe vida?
A vida em outros planetas já foi tema para bons filmes de suspense, terror e até para animar terríveis ou meigos personagens, como o clássico ET. Porém, para que haja vida conforme a que existe aqui na Terra, é preciso que o planeta tenha uma série de características.
A receita da vida não é fácil. Em primeiro lugar, o candidato a planeta habitado deve ter compostos orgânicos, ou seja, substâncias que possuem carbono, um elemento químico fundamental para a composição da vida. Depois, essas substâncias devem ser combinadas com outros elementos, como a água em estado líquido e temperatura abaixo de 120°C. Isso só para começar!
Contudo, para manter a vida, essa temperatura não pode variar muito. Para isso, o planeta precisa ter o tamanho ideal, mais ou menos igual ao da Terra. É que, com este tamanho, o candidato a planeta povoado tem condições de conservar sua atmosfera – camada de ar e gases – com espessura e condição necessária para manter sua temperatura. Se for maior, há mais emissão de gases estufa e a temperatura pode se elevar muito; se for menor, ele não tem condições para manter a atmosfera e a temperatura estável ideais para o desenvolvimento da vida.
O tamanho do globo também influencia na atividade vulcânica, que fornece os gases atmosféricos importantes para manter o “efeito estufa”, que, em nível considerado normal, promove o aquecimento adequado.
Outro fator importante é a rotação – movimento que o planeta faz em torno do seu eixo. Este giro deve ser relativamente rápido, para que as temperaturas no planeta não variem muito, impedindo que a água congele ou evapore. Se esse movimento fosse mais lento não haveria estabilidade na temperatura ao longo do globo e, provavelmente, não haveria água em estado líquido, fundamental para a vida na Terra.
A distância da estrela central também precisa ser perfeita para que haja equilíbrio da temperatura, pois o brilho das estrelas apresenta variações durante sua vida. Na posição que a Terra ocupa, mesmo que a temperatura do Sol oscile, o equilíbrio térmico da atmosfera é mantido. Se estivesse mais próxima ou distante, nossa atmosfera não conseguiria equilibrar as modificações na emissão de energia de nossa estrela central.
Bem, de todos os planetas do Sistema Solar, apenas a Terra apresenta todas essas características. Mas, segundo os cientistas, em alguns grandes satélites existem elementos parecidos com os que devem ter originado a vida na Terra. Será que, no futuro, podemos ter informações surpreendentes?
Eder Cassola Molina
Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas
Universidade de São Paulo
Por que a Terra é o único planeta conhecido no qual existe vida?
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Atividade Célula Animal
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Vídeo sobre aquecimento global e efeito estufa
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Vídeo: Estratégias reprodutivas das plantas
Vídeo sobre a importância da fotossíntese para seres vivos
Vídeo sobre a fotossíntese
Vídeo sobre a diversidade vegetal
Evolução das plantas
Evolução vegetal: Flor, a folha que subiu na vida - Superinteressante
Evolução vegetal: Flor, a folha que subiu na vida
A mesma catástrofe que levou os dinossauros à extinção pode ter aberto espaço para que um novo tipo de plantas, as angiospermas dotadas de flores, se espalhassem pelo planeta.
por Ivonete D. Lucírio
As primitivas flores não se pareciam muito com as de hoje. Lembravam mais um galho comum, sobre o qual se espalhavam as novas partes da planta — aquilo que no futuro seriam pétalas, estames e pistilos. As pétalas, por exemplo, eram soltas, não estavam soldadas entre si, e se dispunham sobre o “galho” geralmente na forma de uma espiral meio tosca. As flores eram bissexuais: tanto tinham ovário, no interior dos pistilos, como estames para gerar pólen, equivalente vegetal do espermatozóide. Ainda hoje se encontram plantas com esses traços primitivos, como a magnólia ou a vitória-régia.
Há inclusive plantas que “regrediram” ao estágio em que não havia flores — como o arroz, a cana e o milho, entre outras. Isso significa, em alguns casos, que a reprodução não é feita por células especializadas — óvulos ou pólen. Qualquer célula pode se tornar reprodutora: corta-se um pedaço da planta, joga-se no chão e ela brota num novo ser. É um sistema prático, certamente, mas o fato é que foi abandonado, há cerca de 130 milhões de anos, por alguns vegetais dotados de flores. E tais plantas se espalharam pelo mundo numa incrível diversidade de tamanhos e formatos.
Veja-se, por exemplo, a Galinsoga parviflora, uma erva daninha cuja flor não é maior que o grafite de um lápis comum: mede 1 milímetro de comprimento e 0,3 de largura. Em comparação, a flor da Rafflesia arnoldii, chega a ter 1 metro de diâmetro e pesar quase 10 quilos. Também há plantas sempre floridas, enquanto outras demoram quase um século para florir. Num caso extremo, a palmeira Corypha umbraculifera, natural do Sri Lanka, na Ásia, demora 80 anos. Em compensação sua flor é de fato um cacho de 24 milhões de pequenas flores.
Distribuídas em hastes, no topo da árvore de 25 metros de altura, elas são tão numerosas quanto especiais, já que permitem à planta fecundar-se a si mesma. Ou seja, a palmeira asiática é hermafrodita. Caso contrário, seria difícil para a espécie sobreviver: com tanta demora para florir, seria muita sorte duas plantas férteis, de sexo oposto, florescerem na mesma época e região. Imagine-se, então, o susto dos moradores de Nova Europa, no interior de São Paulo, quando viram uma Corypha precoce, de apenas 62 anos, lançar botões em dezembro passado. Há mais de 60 anos, os proprietários da Usina Santa Fé, em Nova Europa, mantêm uma coleção de quase 1000 palmeiras, entre elas alguns pés da Corypha, conta José Carlos Magalhães, caseiro da usina que toma conta da coleção.
“Comecei a perceber algo estranho na árvore no início de dezembro, mas somente 10 dias depois tive a certeza de que eram as flores, e espalhei a notícia pela fazenda.” A floração adiantou-se, provavelmente, porque em 1967 a palmeira foi atingida por forte geada, e a dose extra de adubo que recebeu (como “remédio”) pode ter acelerado seu ritmo vital. Em pouco mais de um ano, com a chegada dos frutos, a planta começará a morrer. “O metabolismo normal simplesmente cessa”, explica o botânico Hermógenes de Freitas, do Parque Ecológico da Universidade Estadual de Campinas.
Das mais estranhas às mais simples, as flores são uma invenção da natureza da qual o homem faz bom proveito. Em 1992, o Brasil lucrou 12 milhões e meio de dólares com sua exportação — crisântemos e rosas em primeiro lugar. E isso é pouco. A Holanda exporta 1 bilhão de dólares e a Colômbia 250 milhões por ano. A produção interna no Brasil chega a render 200 milhões de dólares por ano e, só em São Paulo, a floricultura ocupa mais de 10 mil hectares de terra cultivada. Esse número representa produtos para ornamentação, mas as flores têm outras serventias.
É verdade que, como alimento, elas são importantes apenas para os insetos, que consomem seu néctar e pólen. “É preciso inclusive cuidado,” diz o botânico Carlos Eduardo Ferreira de Castro, chefe da Divisão de Horticultura do Instituto Agronômico de Campinas. “Existe risco de alguém ingerir espécies tóxicas.” Seja como for, usam-se flores para fazer licor (de rosa, por exemplo); geléias, (azaléia); perfumes (rosa e violeta); estimulantes medicinais (papoula e datura, arbusto comum no México); e até inseticidas, à base da droga piretróide.
Como sempre, a economia estimula a ciência, já que os segredos da evolução podem conduzir a novas tecnologias para a produção de flores. Infelizmente ainda se sabe muito pouco sobre o aparecimento das angiospermas — os vegetais que inventaram a flor. Não é tarefa fácil reconstruir a evolução quando a matéria-prima dos fósseis é algo tão frágil. Uma das mais importantes e curiosas descobertas recentes parece ligar a ascensão das flores ao desaparecimento dos dinossauros. Esses fósseis, de fato, têm 72 milhões de anos, e portanto são da época em que desapareceram os dinossauros e grande parte dos seres vivos existentes na Terra. Além disso, menos de 15% das plantas encontradas tinham flor, o que parece pouco. Afinal, as flores já existiam há 60 milhões de anos. A idéia, então, é que em todo esse tempo as angiospermas eram minoritárias. E só puderam se expandir porque enfrentaram o desastre ecológico com mais aptidão que os vegetais mais antigos, destituídos de flores.
Essa, pelo menos, é a hipótese levantada pelo pesquisador americano Scott Wing, do Museu Smithsonian de História Natural. Foi ele quem descobriu os fósseis, há cerca de dois anos, em Wyoming, nos Estados Unidos: eles estavam em bom estado porque ficaram preservados nas cinzas de um vulcão. Ainda é preciso verificar se a pequena porcentagem de angiospermas se repete em outras regiões do planeta. Mas, se ela ficar comprovada, a flor pode ter sido o artifício responsável pela sobrevivência das angiospermas. Embora plausível, é claro que essa conclusão não explica como as flores surgiram, em primeiro lugar.
Fósseis mais antigos mostram que a maior parte das plantas era polinizada pelo vento, que carregava os grãos de uma flor para outra. Outras, contudo, recebiam a visita de insetos oportunistas, provavelmente besouros — que carregavam os grãos de pólen de uma flor para outra, facilitando a fecundação. Só que o trabalho não era gratuito e o inseto comia parte do óvulo da planta. Para agasalhar seu órgão reprodutor, a planta envolveu-o com uma folha especializada que ficava ao seu redor e já tinha a função de reprodução. Ela se fechou até recobrir completamente o óvulo, desenvolvendo contudo uma superfície para receber o pólen — o estigma. Essa estrutura foi evoluindo até ficar semelhante a uma garrafa, dentro da qual estão os óvulos, formando o aparelho feminino de reprodução.
Para confirmar a teoria, foram encontrados na Suécia fósseis de plantas bem preservados, com mais de 105 milhões de anos, cujo pólen tinha uma fina cobertura viscosa, típica de vegetais polinizados por insetos. Esses mesmos insetos que a princípio ofereciam perigo à planta tornaram-se quase imprescidíveis à fecundação e, com o tempo, teria surgido um jogo curioso. Os vegetais se precaviam contra os predadores, mas também procuravam atraí-los. Assim, colocaram os grãos de pólen em um local mais acessível, criando os estames, astes que produzem e abrigam os grãos na sua ponta. As pétalas, armadas de cor e perfume, atraíam e ao mesmo tempo serviam como campo de pouso para os insetos.
Resta ainda outra dúvida: qual das centenas de grupos de plantas existentes teria sido brindada com a flor. Catarino imagina que as flores apareceram em regiões tropicais. “É onde a presença de insetos é mais freqüente, favorecendo a polinização por esses agentes.” Um bom palpite. O que se sabe é que, bem antes disso, há cerca de 130 milhões de anos, havia muitos grupos de plantas, especialmente as primitivas gimnospermas.
Ainda presentes no planeta, estas últimas podem ter perdido parte de seus antigos membros — que se transformaram em angiospermas. Elaborada no início do século, pelo botânico russo Armen Takhtajan, essa ainda é a teoria dominante sobre o fim de um mundo comparativamente insípido e descolorido. Nos próximos anos, com o acúmulo recente de dados precisos, ela talvez ajude a pintar um panorama vivo, mais detalhado sobre o inimaginável mundo sem flores do passado.
A mais idosa do Brasil
Em 1961, alunos da Escola Nacional de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, numa excursão para coletar fósseis na Bacia de Fonseca, município de Alvinópolis, MG, encontraram algo parecido com uma flor. Era mesmo, mas o exemplar vivera cerca de 35 milhões de anos atrás, e a espécie a que pertencia já não existe mais. São palavras da paleobotânica Lélia Duarte, do Departamento Nacional da Produção Mineral, hoje na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Única especialista brasileira em vegetais do período Mesozóico (que transcorreu há cerca de 300 milhões de anos), Lélia concluiu depois de longo estudo que a planta era parente das paineiras, da família Bombacaceae. Estas habitam regiões tropicais e apresentam flores pequenas — a que foi encontrada, único fóssil de flor já descrito no Brasil, media apenas 3,6 centímetros.
Evolução vegetal: Flor, a folha que subiu na vida - Superinteressante
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Atividades Sistema Respiratório e Digestório
As atividades abaixo representam excelentes formas de revisarmos os conteúdos do primeiro semestre. Clique nos links abaixo:
sistema respiratório
sistema digestório
Atividade estrutura da flor
atividade flor
Atividade Célula Animal
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Por que o sangue circula pelo corpo?
Revista CHC | Edição 171
Por que o sangue circula pelo Corpo?
Por: Carlos Alberto Mandarim-de-Lacerda, Departamento de Anatomia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Em geral, é apenas quando nos cortamos que nos damos conta da existência do sangue. Talvez por isso muita gente não goste de ver esse líquido vermelho. Mas como ele é importante! No sangue, encontramos nutrientes gerados pelos alimentos que comemos, células que defendem o nosso organismo de doenças, oxigênio obtido com a respiração... Se o sangue ficasse parado, somente uma parte do nosso corpo desfrutaria de tudo o que ele tem a oferecer. Mas ainda bem que não é isso que acontece: o sangue circula por todo o nosso organismo, percorrendo intrincados caminhos.
Repare na região dos seus pulsos e também na dobra do seu cotovelo... Não há ali finas linhas azuis? Elas são pequenos tubos, chamados vasos sangüíneos, por onde passa o sangue. Há muitos deles espalhados pelo nosso corpo: os que vemos nos pulsos e na dobra do cotovelo são veias (vasos sanguíneos que chegam ao coração trazendo o sangue), mas há também as artérias (vasos sanguíneos que saem do coração, levando o sangue aos tecidos) e os capilares (vasos tão finos quanto fios de cabelo). Junto com o coração, os vasos sanguíneos formam o sistema circulatório.
É o sistema circulatório que faz com que o sangue percorra o nosso organismo por completo, permitindo que o oxigênio e os nutrientes transportados por ele cheguem a todas as regiões. Afinal, é o coração que bombeia o sangue, colocando-o em movimento, enquanto os vasos sanguíneos servem de caminho para esse precioso líquido...
No entanto, o sangue não só faz esse trabalho de entrega de oxigênio e nutrientes para diferentes partes do corpo, como também realiza outro: recolhe das células tudo o que elas não precisam mais. Para cumprir essas duas funções, porém, esse precioso líquido vermelho precisa percorrer um longo caminho, que começa e termina no coração.
Nesse momento, o sangue quase não carrega oxigênio: traz mais gás carbônico e substâncias descartadas pelas células, pois acabou de chegar do seu “passeio” pelo corpo. Por isso, segue pelas artérias até os pulmões. Nesse órgão, ele troca o gás carbônico por muito oxigênio e volta ao coração. Entra pelo átrio esquerdo, segue para o ventrículo esquerdo e sai pela artéria aorta em direção ao resto do corpo, para recomeçar o seu trabalho: entregar oxigênio e nutrientes a cada célula, recolher o que elas não precisam mais...
Todo esse trajeto, possível graças ao trabalho do sistema circulatório, é justificado porque o sangue tem papel fundamental para que possamos sobreviver. Todos os animais possuem um sistema circulatório, mas ele pode ser mais simples do que o nosso nos peixes, anfíbios e répteis, embora também seja essencial para suas vidas.
Carlos Alberto Mandarim-de-Lacerda,
Departamento de Anatomia,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Exposição em Londres sobre as mudanças climáticas
Link exposição: http://www.sciencemuseum.org.uk/educators/whats_on_for_your_group/galleries/~/link.aspx?_id=C5CAD9F4586B4286A6C5DC5AFF0A3B18&_z=z
Link para os jogos: http://www.sciencemuseum.org.uk/onlinestuff.aspx
Atividade Sistema Circulatório 1 - 8°ano
Acesse o link abaixo e faça as atividades propostas.
http://www.aticaeducacional.com.br/htdocs/atividades/sist_circ/
Vídeo O Mundo de Beakman - Camada de Ozônio
Vídeo O Mundo de Beakman - Ataque cardíaco
Vídeo O Mundo de Beakman - Tornados
Vídeo O Mundo de Beakman - Vacina
Vídeo O Mundo de Beakman - Circulação
O que determina os diferentes tipos de sangue? - Superinteressante
Transfusão Sem Confusão
O que determina os diferentes tipos de sangue?
Uma pessoa com sangue tipo A, por exemplo, desenvolve os anticorpos anti-B. Ao receber o sangue de uma pessoa com sangue tipo B, esses anticorpos grudam nas hemácias do doador e fazem com que o sangue coagule.
Os tipos sanguíneos estão relacionados a uma substância chamada antígeno – a classificação pelo grupo ABO, por exemplo, corresponde à presença ou ausência dos antígenos A e B. Os antígenos têm uma propriedade especial: toda vez que ele é reconhecido pelo sistema imunológico como algo estranho – diferente das substâncias que fazem parte do organismo –, ele estimula a ação dos anticorpos presentes no sangue. Uma pessoa com sangue tipo A, por exemplo, desenvolve os anticorpos anti-B. Ao receber o sangue de uma pessoa com sangue tipo B, esses anticorpos grudam nas hemácias do doador e fazem com que o sangue coagule. Essa reação é conhecida desde 1901, quando o austríaco Karl Landsteiner descobriu os tipos sanguíneos A, B, AB e O .
A porcentagem de tipos sanguíneos varia em diferentes grupos populacionais. Muitos povos indígenas, como várias tribos da América, não possuem o tipo B. No Brasil, os tipos O e A respondem, juntos, por quase 90% dos habitantes. Uma provável explicação para esse fenômeno está em pesquisas ainda não-conclusivas: elas indicam que algumas doenças são mais comuns em determinados tipos sanguíneos. O câncer de estômago, por exemplo, seria mais freqüente em pessoas com sangue tipo A; a pneumonia e certos tipos de anemia, no tipo B. Conforme certas epidemias se tornam mais freqüentes, elas matam mais pessoas de certo tipo sanguíneo – e sobra mais gente dos outros.
Além dos grupos ABO e Rh, existem ainda 27 grupos sanguíneos, sendo que a maioria deles não é sequer testada porque não interfere nas transfusões. Praticamente todos os mamíferos possuem tipos sanguíneos. Os cachorros têm seis tipos, os bois, dez, os carneiros, sete e as galinhas, cinco.
O que determina os diferentes tipos de sangue? - Superinteressante
Como os tibetanos conseguem viver em grandes altitudes? - Scientific American Brasil
Como os tibetanos conseguem viver em grandes altitudes? |
O segredo está no sangue – e em artérias mais largas para transportá-lo |
por David Biello |
Os moradores do Platô Tibetano sobrevivem e prosperam no topo do mundo, em uma região com altitude média de 4.500m acima do nível do mar. Lá em cima, o ar não é essa sopa rica em oxigênio à qual estamos acostumados em altitudes mais baixas. Na verdade, como muitos alpinistas descobriram para seu desapontamento, é difícil obter esse elemento vital para a vida em quantidades suficientes nos pulmões e no sangue à medida que escalam as montanhas, o que muitas vezes resulta em sintomas debilitantes como náusea e tontura, que podem chegar a ser fatais. De acordo com uma nova pesquisa, os tibetanos evitam essa náusea da altitude porque têm artérias e capilares mais largos para levar o oxigênio aos órgãos e músculos.
“Ao mesmo tempo em que os tibetanos são extremamente hipóxicos em grandes altitudes, consomem a mesma quantidade de oxigênio que nós no nível do mar”, explica a antropóloga Cynthia Beall, da Case Western Reserve University, em Cleveland. “Eles conseguem isso graças a um fluxo muito alto de sangue, transportando o oxigênio até os tecidos duas vezes mais rápido”.
Os tibetanos aumentam o fluxo do sangue produzindo grandes quantidades de óxido nítrico na parte interna dos vasos sanguíneos. O gás se espalha pelo sangue e forma nitritos e nitratos, que fazem com que as artérias e capilares se expandam e transportem o sangue cheio de oxigênio para o restante do corpo mais rapidamente que o normal.
Em um estudo com tibetanos, Beall e seus colegas relataram no “Proceedings of the National Academy of Sciences” que 88 desses homens e mulheres que moram nas alturas possuem um fluxo sanguíneo duas vezes mais rápido que 50 habitantes da cidade de Cleveland, nos Estados Unidos – que moram a apenas 205 m de altitude acima do nível do mar. Além disso, os produtos de óxido nítrico em circulação no sangue dos tibetanos é 10 vezes maior.
Na verdade, os níveis de nitritos e nitratos no sangue dos tibetanos são mais altos que nos pacientes que sofrem de uma infecção bacteriana no sangue – choque séptico –, e o fluxo de sangue é típico de pessoas que sofrem de pressão alta. No entanto, os tibetanos não sofrem com isso. “Não observamos nenhum aumento na resistência vascular”, afirma Beall. Os tibetanos também parecem ter níveis mais altos de antioxidantes em seu organismo, talvez para ajudar a reduzir o risco de colocar tanto óxido nítrico – um radical livre – em sua corrente sanguínea.
Os tibetanos também respiram bastante, inspirando o ar mais vezes por minuto que os habitantes de terras mais baixas e até mesmo que outros moradores de regiões altas – como os Andes na América do Sul, que possuem pulmões maiores que a média. Além disso, quando os tibetanos receberam oxigênio puro, seu ritmo cardíaco diminuiu em 16%. No entanto, os cientistas dizem que sua capacidade de produzir níveis mais altos de óxido nítrico é fundamental para que consigam viver sem problemas nos picos mais altos do mundo.
Seria essa capacidade uma evidência de adaptação funcional evolucionária em humanos? “Teríamos que identificar o gene e as variantes gênicas que são diferentes”, ressalta Beall, “Mas parece uma hipótese razoável no momento”.
Os tibetanos vivem nesse platô há cerca de 20 mil anos e, além de conquistar o Monte Everest – assim como outras montanhas que ostentam os picos mais altos do mundo – regularmente, ainda conseguiram estabelecer e sustentar grandes sociedades sob condições desafiadoras. O segredo do sucesso pode estar codificado em seus genes. “Trata-se de um exemplo de adaptação à hipoxia de grandes altitudes”, explica Beall, “Os tibetanos sabe que são especiais porque vivem em locais tão altos sem adoecerem”.
Como os tibetanos conseguem viver em grandes altitudes? - Scientific American Brasil